Ataque x defesa e choque de gerações na final entre JEC Futsal e Atlântico na Liga Nacional

A final da Liga Nacional já é histórica e por diversos fatores. Restando 10 dias para a grande decisão que acontece em 17 de dezembro em Toledo, no Paraná, JEC Futsal e Atlântico também têm as competições estaduais na reta final. O Tricolor está na final do Estadual e o Galo de Erechim na decisão da Copa RS. Mas, o pensamento também já se volta para o ginásio Alcides Pan, palco da primeira final única na história da competição nacional.

Goleiro Willian fecha o gol do JEC Futsal, que tem a melhor defesa da Liga Nacional – Foto: Juliano Schmidt/JEC Futsal/Divulgação/ND

E a final é inédita. Apesar de já terem se enfrentado em outras decisões, como a da Taça Brasil de 2013, que terminou com o time gaúcho campeão e o da Super Copa Gramado deste ano, com o JEC campeão, os dois times nunca fizeram a final da Liga Nacional. Na primeira fase, o equilíbrio prevaleceu e o confronto no Centreventos Cau Hansen terminou empatado em 2 a 2.

Aliás, para o Atlântico, é a chance de chegar ao título inédito. O Galo bateu na trave no ano passado, quando ficou com o vice ao ser derrotado pelo Corinthians. Já o JEC volta à final após seis anos e busca o bicampeonato. Na última decisão que disputou, o Tricolor comemorou o título ao superar a Assoeva, em 2017.

JEC Futsal e Atlântico ficaram no empate na primeira fase da Liga Nacional – Foto: Juliano Schmidt/JEC Futsal/Divulgação/ND

Com uma final única em quadra neutra pela primeira vez na história, a Liga terá uma grande decisão que coloca, frente a frente, o melhor ataque e a melhor defesa da temporada.

Ataque x defesa

O JEC Futsal tem a melhor defesa da competição, com apenas 48 gols sofridos, mesmo tendo feito seis jogos a mais do que o “vice” nesse fundamento. Eliminado na primeira fase, o São José tem a segunda melhor defesa, com 49 gols sofridos. Com 29 jogos feitos até aqui, a média de gols sofridos pelo Tricolor é de apenas 1,6 gols. O Atlântico sofreu 71 gols, uma média de 2,4 por partida.

Em contrapartida, o Atlântico tem um ataque superpotente. Foram 142 gols marcados até aqui, 16 só na semifinal contra o Cascavel. A média é de 4,8 por partida e, além disso, o time tem o artilheiro da Liga. Richard tem 30 gols marcados até aqui, sendo o primeiro jogador desde Dieguinho em 2015 a marcar 30 gols em uma edição da competição. Já o JEC marcou 86 gols até aqui, uma média de 2,9 por jogo.

Choque de gerações no comando técnico

O confronto marca, ainda, o choque de gerações de treinadores. De um lado, Paulinho Sananduva, experiente técnico de 64 anos que, além do Galo, já comandou o Carlos Barbosa, Copagril e Joaçaba, onde substituiu, justamente o técnico Cassiano Klein, hoje no JEC.

Cassiano tem 41 anos e chegou nesta temporada ao Tricolor após quatro anos no Cascavel. Antes, esteve no Joaçaba, antecedendo o trabalho de Sananduva no time do Meio-Oeste catarinense.

A relação entre os dois times não para por aí. Goleiro titular do Galo de Erechim, João Paulo foi criado na base do Tricolor. Aos 28 anos, ele passou cinco anos no JEC, onde foi campeão na base e foi reserva de Willian no time principal, até se transferir para o Atlântico em 2020.

João Paulo fez a base no JEC Futsal e se transferiu para o Atlântico em 2020 – Foto: Juliano Schmidt/JEC Futsal/Divulgação/ND

A promessa é de uma grande decisão que consagrará dois grandes trabalhos feitos em cidades que tem o futsal como tradição. De um lado, a busca pelo bi, de outro, a luta pela primeira taça da Liga Nacional.

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