Florianópolis realiza cadastramento para reforçar atendimento às pessoas em situação de rua

Foto: Prefeitura de Florianópolis/Divulgação

Florianópolis tem hoje pelo menos 922 pessoas em situação de rua cadastradas pela Prefeitura da Capital, 485 acima de 36 anos. A maioria  (298) é procedente de municípios catarinenses, veio para a cidade em busca de emprego (479) e está na cidade há mais de cinco anos (303).

Outras 61 pessoas migraram para a região durante a temporada de verão e 47 vieram em busca de familiares. Vivem hoje nas ruas de Florianópolis 121 pessoas nascidas na própria cidade, outras 57 são provenientes de Porto Alegre e 32 de São Paulo.

Os dados ainda são parciais e foram coletados por meio de um questionário desenvolvido por técnicos da prefeitura, que desde o dia 18 de outubro utilizam um  sistema com reconhecimento facial e geolocalização para cadastrar e reforçar o atendimento  a esta população.

Essas informações, explica a administração municipal, são colhidas em diferentes momentos, como em operações, nas ações de abordagem dos serviços da Assistência Social e também nos equipamentos de atendimento à população. Para o secretário de Segurança e Ordem Pública, Araújo Gomes, esta é uma ação muito importante para gerenciar melhor esta questão que muitas vezes acaba impactando a ordem pública e a sensação de segurança.

A iniciativa, da Secretaria de Assistência Social e da Secretaria de Segurança e Ordem Pública, é realizada em todos os bairros da cidade e terá duração de 60 dias.

O objetivo, ressalta o secretário de Assistência Social, Leandro Lima, é propor novas políticas públicas a partir do acesso aos dados adquiridos com o cadastramento, a fim de reforçar os serviços já oferecidos pela Assistência Social, como a Passarela da Cidadania e o Restaurante Popular.

Ele esclarece ainda que, com base nestas informações, o órgão pretende garantir que as pessoas em situação de rua sejam direcionadas de maneira mais eficaz aos serviços especializados oferecidos pela prefeitura. “Nossa missão é cuidar para emancipar, mas para isso precisamos que a população em situação de vulnerabilidade esteja devidamente cadastrada no sistema, usufruindo dos serviços socioassistenciais”, esclarece.

Durante o cadastramento, as equipes da prefeitura também testam um aplicativo mobile de coleta de dados, instalado em tablets, com recursos de reconhecimento facial, geolocalização e coleta digital de dados.

Aumento da fiscalização sobre barracas nas ruas

A Guarda Municipal ampliou ainda a fiscalização sobre barracas instaladas nas ruas, com rondas e colocação de placas alertando para a proibição desta prática na Capital. A iniciativa, explica a administração municipal, está de acordo com o Código de Postura do Município.

A Prefeitura de Florianópolis destaca que conta hoje com diversos serviços para acolher a população em situação de rua e o reforço das ações fiscalizatórias é também uma forma de encaminhar essas pessoas às estruturas disponibilizadas pelo município.

A Passarela da Cidadania, localizada no Centro de Florianópolis, atende  em média 270 pessoas todos os dias. O espaço oferece quatro refeições diárias, pernoite, banheiros, espaço para lavagem de roupas, guarda-volumes e kits de higiene pessoal. No local ainda há disponível uma pequena biblioteca, atendimento psicossocial, barbearia, oficinas e doação de roupas.

Além disso, no local, são oferecidos cursos profissionalizantes e capacitação para que os acolhidos possam ser reinseridos no mercado de trabalho. “Todo esse esforço é para que, sempre, possamos oferecer mais dignidade e cidadania a essa população. Temos toda a estrutura para acolher e ajudar as pessoas que hoje vivem em situação de rua”, finaliza o secretário Leandro Lima.

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