Botafoguense e ex-presidente de grêmio: quem é Flávio Dino, indicado por Lula ao STF

Atual ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB) foi o indicado de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), nesta segunda-feira (27), para a vaga da ministra Rosa Weber no STF (Supremo Tribunal Federal). Por 12 anos, Dino atuou como juiz federal, mas, o que poucos sabem é que sua trajetória política começou ainda nos tempos de escola.

Lula e o ministro da Justiça Flávio Dino, agora indicado pelo presidente a vaga do STF

Lula indicou Flávio Dino para a vaga de Rosa Weber no STF – Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil/Arquivo/ND

Aos 55 anos, Flávio Dino atua em uma das pastas mais importantes do Governo Federal. Porém, antes de ingressar na política brasileira, ou até mesmo no Direito, o ministro foi presidente do Grêmio Estudantil Coelho Neto, na época de colégio, em 1984. A informação consta na biografia de Flávio Dino, disponível na Câmara dos Deputados.

Torcedor do Botafogo

Em uma cerimônia no início do ano, Dino revelou que o Botafogo era seu time do coração. Mais ainda, disse na ocasião que ser botafoguense é  ‘exótico’. A fala do ministro foi feita durante seu discurso na posse de Andrei Passos Rodrigues, como diretor-geral da Polícia Federal.

“Independentemente de preferências ideológicas-políticas-eleitorais, não me interessa, como representante do presidente Lula no comando desta instituição, em quem as pessoas votaram. Não me interessa em quem votarão. Respeito todos os gostos, por mais exóticos que eventualmente sejam. Eu, por exemplo, sou botafoguense”, disse no discurso transmitido pela TV Brasil (veja abaixo).

Formado em direito e professor

Dino é formado em Direito pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Por lá, chegou a ser professor de direito constitucional.

O atual ministro da Justiça também é mestre em direito público pela Universidade Federal de Pernambuco e membro da Academia Maranhense de Letras.

Flávio Dino: do Judiciário à política

Além da vida acadêmica, o maranhense também atuou como juiz federal, função que desempenhou por 12 anos.

Em 2006, largou a carreira jurídica e entrou para a política. Filiado ao PCdoB, foi eleito para o cargo de deputado federal pelo Maranhão, na legislatura de 2007 a 2011.

Posteriormente, foi eleito como governador do Maranhão para a legislatura de 2015 a 2022 e, nas últimas eleições, foi eleito como senador pelo PSB para o período de 2023 a 2031. No governo federal, assumiu o cargo de ministro da Justiça, função que ocupa há 11 meses.

Controvérsias: a dama do tráfico no MJSP

A indicação de Dino ao STF vinha sendo há tempos ventilada. Contudo, a imagem do ministro ficou abalada quando, recentemente, foi descoberto que a esposa de um traficante havia frequentado o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP).

Na última segunda-feira (13), foi confirmado ao portal ND+ que Luciane Barbosa Farias, casada com Clemilson dos Santos Farias, criminoso conhecido como “Tio Patinhas”, esteve em audiências no prédio do MJSP, em Brasília.

Na época, o portal buscou o gabinete do Ministério, o qual respondeu que a mulher era convidada de outra visita e que, por isso, não teve controle de sua entrada.

Por sua conta no Twitter, o ministro da Justiça, Flávio Dino negou ter recebido Luciane em audiência e considerou que as alegações eram fruto de “vil politicagem”.

2ª Indicação de Lula ao STF neste mandato

Dino foi indicado à vaga no STF pelo presidente Lula, nesta segunda-feira (27).  Foi a 2ª indicação de Lula ao STF, neste terceiro mandato como presidente do Brasil.  A 1ª foi em junho, quando Lula indicou Cristiano Zanin, que ocupou a vaga deixada por Ricardo Lewandowski. Dino foi a 10ª indicação de Lula ao STF ao longo de três mandatos.

Paulo Gonet na PGR

O presidente Lula também indicou o vice-procurador-geral eleitoral Paulo Gonet para o comando da PGR (Procuradoria-Geral da República). Dino e Gonet ainda precisam passar por sabatina na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado e ser aprovados em plenário.

Para serem aprovados, são necessários os votos favoráveis de pelo menos 41 dos 81 senadores (maioria absoluta). A expectativa é de que as votações ocorram ainda neste ano, mas não há data para a análise

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