Golpe da maquininha: entenda como os golpistas enganam as vítimas

Uma oferta tentadora. Neste caso, uma lata de tinta por um valor muito abaixo do mercado. A vítima oferece a quantia em dinheiro, porém, o golpista insiste no pagamento em cartão e oferece a maquininha.

Foi o aconteceu com uma mulher que prefere não ser identificada. Ela dá aulas em academias de Joinville e foi abordada por dois homens em um HB20 preto ao sair de casa para trabalhar, na última terça-feira (21).

Um dos golpistas se identificou como funcionário de uma empresa que vende produtos pela internet e ofereceu uma lata grande de tinta por R$ 100, valor bem abaixo do mercado.

Quando a mulher propõe o pagamento em dinheiro, o golpista diz que só aceita cartão. Como justificativa, explica que a compra tem de ficar registrada com o CNPJ da empresa, por isso não aceita dinheiro. “Passei o cartão, mas a compra nunca era aprovada. Sempre aparecia a mensagem de atualizando”, lembra a vítima.

Golpistas abordam uma mulher, que recusa o produto oferecido por eles – Foto: Reprodução/ND

Após várias tentativas, o golpista desiste de vender o produto e vai embora. Em conversa com o marido, a mulher relata o episódio e ambos suspeitam de um possível golpe. “Quando fui olhar no aplicativo do banco, já havia várias transações”, relata a mulher.

O prejuízo é de quase R$ 4 mil, com transferências para outra conta e um pedido de empréstimo. A mulher fez um boletim de ocorrência, e na delegacia descobriu que não havia sido a única vítima. “O delegado me falou que o meu caso não era o primeiro”, conta.

Maquininha preparada para o golpe

A Polícia Civil acredita que os golpistas fazem parte de uma quadrilha especializada em estelionato. “Eles conseguem fraudar o teclado da máquina. Toda maquininha é vinculada a uma conta. Cabe a nós identificá-la na investigação. Porém, acreditamos que o dinheiro já foi sacado”, detalha o delegado Rodrigo Gusso.

Os policiais já analisaram as imagens de câmeras de monitoramento, coletaram pistas e já têm ideia de quem são os criminosos.

A vítima conta que a quantia roubada pelos golpistas corresponde ao salário de dois meses. “Eles tiram tudo em 10 segundos. Perdi a cabeça, me desesperei, mas aí não tem o que fazer. A gente perde o chão, pensa em fazer besteira e volta de novo. Tem que começar do zero”, relata a mulher.

Ela entrou em contato com o banco, informando que havia sido vítima de um golpe, porém, até o momento não obteve nenhuma resposta.

*Com informações de Felipe Bambace, repórter da NDTV

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