O que fez Itajaí figurar entre as 25 cidades mais ricas do Brasil pelo IBGE

Itajaí é uma das 25 cidades mais ricas do País, segundo o IBGE. O município tem R$ 47,7 bilhões de PIB (Produto Interno Bruto) em dados referentes a 2021 recém divulgados pela instituição – impulsionado pelo setor automotivo.

De acordo com a entidade, o principal motivo para a crescente da cidade e a entrada no ranking é pelo comércio e reparação de veículos automotores e de motocicletas. Só de usados, por exemplo, o Estado bateu recorde naquele ano.

No total, foram comercializadas 15.134.904 unidades em Santa Catarina, o que representou crescimento de 18,64% sobre 2020. E em dezembro, o emplacamento de veículos cresceu 16,73%. Boa parte disso no município.

O destaque, no entanto, não ficou somente no setor automotivo. Recentemente, Itajaí figurou na terceira posição de ranking da Urban Systems como a terceira melhor cidade para se fazer negócios no Brasil.

Para formular essa lista, a pesquisa levou em conta percentual de empregos no setor, crescimento da renda do trabalhador do comércio varejista e atacadista, mais estabelecimentos abertos, renda média dos trabalhadores formais, número de empregos, entre outros.

Para Mario da Silva, presidente da CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas) de Itajaí, as oportunidades no município estão em constante crescimento, o que influencia no crescimento do PIB. “Isso atrai novos moradores que passam a consumir em diversos setores, entre eles o comércio”, comenta.

“Esse consumo faz com que o dinheiro circule pela cidade, fomentando cada vez mais o consumo e refletindo nos valores de movimentação econômica e, desta forma, impulsionando a cidade neste ranking”, finaliza o executivo.

Ranking não engloba período em que Porto de Itajaí ficou sem atividades

Por ser referente a 2021, o resultado ainda não engloba o período em que o Porto de Itajaí está sem movimentação regular de contêineres, mais precisamente, desde janeiro de 2023. Isso pode prejudicar a cidade nos próximos rankings.

No final do último ano, encerrou-se o contrato de arrendamento da APM Terminals, que operava o complexo portuário. O arrendamento transitório foi vencido pela Mada Araújo, mas as atividades ainda devem demorar um pouco para retornar.

As concorrentes derrotadas ainda podem entrar com revisão no TCU (Tribunal de Contas da União), e não há um prazo definido para isso. Nesse meio tempo, ainda faltam a celebração do contrato e assiná-lo.

Segundo a assessoria do porto, o firmamento do acordo pode ocorrer somente no final de dezembro. Antes disso, há o tramite de alfandegamento ambiental, estadual e federal. Em suma, não há uma data específica.