Terreno invadido por ‘compradores’ em Camboriú é reintegrado aos donos

Na tarde desta quinta-feira (14), a Polícia Militar cumpriu o mandado de reintegração de posse de um terreno invadido por cerca de 50 “compradores”, na localidade conhecida como Toca, no interior de Camboriú, Litoral Norte de Santa Catarina.

Imagem mostra Viatura e policiais militares durante o cumprimento de reintegração de posse de terreno invadido em Camboriú

Polícia Militar cumpriu reintegração de posse de terreno invadido em Camboriú – Foto: Polícia Militar/Reprodução

A área havia sido invadida no último sábado (9), por aproximadamente 50 pessoas que afirmavam ser compradoras de terreno em 2019, de uma construtora, porém todo o condomínio previsto no projeto foi embargado por ordem judicial. Diante disso, os compradores reuniram-se e buscaram a reparação dos danos judicialmente.

Por volta das 14h desta quinta-feira policiais militares foram até a localidade e orientaram os invasores a deixar o local, sem que houvesse resistência por parte das pessoas.

Área invadida por “compradores” é de Preservação Permanente – Foto: Reprodução/ND

Um oficial de justiça também esteve no local, além do advogado da empresa proprietária do terreno e representantes da Fucam (Fundação do Meio Ambiente de Camboriú), Celesc, secretaria de Assistência Social, Planejamento e Obras.

Após a saída das pessoas, a Secretaria de Obras realizou a organização e limpeza do local.

Entenda motivação de terreno foi invadido

Aproximadamente 50 pessoas que se diziam compradores organizaram uma invasão a uma propriedade privada na rua Avelino Bernardi, em Camboriú, na madrugada do último sábado. A Polícia Militar foi acionada por volta das 7h.

De acordo com informações da Polícia Militar, no local foi constatado que vários terrenos já haviam sido demarcados com fitas zebradas e que aproximadamente 50 pessoas ocupavam parte destes terrenos demarcados.

Cerca de 50 pessoas invadiram terreno onde obra está embargada desde 2015 – Foto: Reprodução/ND

Os “compradores”, contaram aos policiais que adquiriram os terrenos em 2019, de uma construtora, porém todo o condomínio previsto no projeto foi embargado por ordem judicial. Diante disso, os compradores reuniram-se e buscaram a reparação dos danos judicialmente.

Entretanto, como até os dias atuais não obtiveram êxito em resolver o conflito judicialmente, os moradores se reuniram com os demais compradores prejudicados e resolveram “tomar posse de seus respectivos terrenos”, através de uma invasão.

Júnior Mafra, presidente da Fucam explicou ao ND+ que foi chamado ao local, com os outros representantes municipais, para analisar se a área invadida era pública ou privada e foi constatado se tratar de uma área privada. Os órgãos municipais foram acionados por volta das 8h, mas a ocupação ocorreu bem cedo, durante a madrugada.

Prefeitura de Camboriú monitora situação de invasão – Foto: Reprodução/ND

A obra está embargada desde 2015, por estar em uma APP (Área de Preservação Permanente). O empreendimento era executado, quando foi identificado na área de evidência que estavam executando em Área de Preservação Permanente.

“Daí surgiu uma intervenção, inclusive do Ministério Público, em cima da área. Tendo isso, essa área ficou parada, está em discussão na esfera judicial entre a empresa e o judiciário. E a partir daí essa área está fechada”, explica Júnior.

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