Universidade Gratuita contempla 4,5 mil estudantes nos primeiros meses de implantação em SC

Na tarde desta terça-feira (12), a presidente da Acafe (Associação Catarinense das Fundações Educacionais), Luciane Ceretta, apresentou o balanço dos primeiros meses de implantação do programa Universidade Gratuita em Santa Catarina.

Ao todo, 4.557 novos alunos foram contemplados durante esse primeiro semestre no Estado.

Programa registrou 12.003 alunos – Foto: Ascom/SED/Reprodução/ND

A exposição ocorreu durante uma reunião conjunta com deputados na Alesc (Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina).

Além dos novos estudantes, outros 17.818 alunos foram contemplados oriundos das bolsas do programa Uniedu, totalizando 22.375.

Ceretta destacou que a seleção dos alunos seguiu critérios previstos na lei, como hipossuficiência, naturalidade ou residência em Santa Catarina por mais de cinco anos, preferência por estudantes da rede pública, entre outros.

Com relação ao perfil dos selecionados, 15% estão desempregados e 90% vieram de escola pública ou cursaram o ensino médio com bolsa de estudo em instituição particular.

Dos recursos disponíveis, 52% do total foi absorvido por estudantes de medicina, o que corresponde a 21% do montante de alunos contemplados.

Bolsas do Universidade Gratuita

Conforme as informações do Estado, o programa Universidade Gratuita registrou 12.003 alunos, os quais realizaram suas inscrições no período que se encerrou em outubro. Dentro desse contingente, 7.018 foram aprovados por atenderem aos critérios estabelecidos.

A implementação progressiva do Universidade Gratuita está prevista até 2026. Para 2023, a estimativa era de que o Estado destinasse R$ 217 milhões para cobrir as despesas relacionadas às vagas nas universidades comunitárias do sistema Acafe.

Em virtude dos recursos disponíveis neste semestre, o Estado conseguiu atender cerca de 61,8% dos aprovados. A seleção priorizou critérios como o índice de carência e a origem dos alunos, dando preferência aos que frequentaram escolas públicas.

Aqueles que não foram contemplados devem integrar uma lista de espera, aguardando futuras oportunidades.

Presidente da Acafe apresentou o balanço dos primeiros meses – Foto: Vicente Schmitt/Agência AL/Reprodução/ND

Cursos de medicina consumiram metade dos recursos

Um ponto de destaque na apresentação foi a distribuição dos recursos, especialmente no que se refere aos estudantes de medicina, que absorveram 52% do total.

Ceretta considera importante ajustar os critérios do índice de carência, visando uma distribuição mais equitativa dos recursos.

As instituições do sistema Acafe pretendem encaminhar sugestões ao Executivo, incluindo a liberação para a participação de cursos autorizados, a ampliação das dimensões para o cálculo da hipossuficiência e alterações nas regras de transição para os estudantes beneficiados pelo Uniedu.

“Temos um quantitativo importante de estudantes que deixarão o programa para se candidatar ao Universidade Gratuita, mas muitos deles não residem há cinco anos no Estado para acessar nossas instituições”, conclui.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.