Homem que matou mulher e bebê ficará em silêncio durante júri popular em Blumenau

O acusado de matar a companheira, Jéssica Ballock, de 23 anos, e o filho de três meses de idade, não será interrogado perante o Tribunal do Júri nesta quarta-feira (22), em Blumenau.

Delegado de Polícia Civil foi o primeiro a ser ouvido no julgamento do caso Kelber – Foto: Lucas Dias/ND

A defesa do réu, Kelber Henrique Pereira, optou pelo direito constitucional de permanecer em silêncio. O julgamento, no entanto, continua normalmente. As informações são do Portal Alexandre José. O júri popular começou na manhã desta quarta-feira (22), no Fórum da comarca de Blumenau.

O crime que chocou a população de Blumenau aconteceu na madrugada do dia 24 de julho de 2022. Kelber é acusado de matar a esposa e o filho mais novo com requintes de crueldade, no apartamento da família no bairro Velha.

Nesta manhã, o primeiro a depor no julgamento foi o delegado de Polícia Civil Ronnie Esteves, que revelou detalhes chocantes sobre a morte de mãe e bebê. De acordo com ele, o laudo da perícia, conforme o próprio delegado, confirmou que Jéssica foi morta com mais de uma facada no pescoço, chegando quase a coluna vertebral. O bebê foi atacado da mesma forma.

“Estou convicto da frieza, violência e crueldade de Kelber. Jéssica era uma pessoa muito doce, gostava muito dele, mas acabou pagando este amor com a vida”, disse o delegado.

Família pede Justiça

A família das vítimas acompanha o julgamento. O pai de Jéssica, Rogério Ballock concedeu entrevista para a NDTV Record TV Blumenau e disse que a expectativa é muito grande para o desfecho do júri. “Ninguém merece perder a vida da maneira que foi, fazer o que ele fez, é uma injustiça muito grande. Espero que as autoridades também agora estejam vendo isso e eu sei que vai dar certo, em nome de Jesus. Ele vai pagar pelo que ele fez, a condenação vai vim e ele vai pagar pelo que fez”.

A irmã de Jéssica, Amanda Thainara Ballock, disse que é um momento difícil para a família. “A gente só quer que a Justiça seja feita e que ele tenha tudo o que ele merece. Que ele nunca mais possa sair e faça mal pra algum de nós, tanto que a gente vive com a angústia com medo de que ele possa sair de lá, que ele vai vir atrás da gente, sempre ficamos com esse medo e receio. Então queremos que ele fique em um lugar que ele nunca mais possa sair”.

Relembre o caso que chocou Blumenau

Jéssica e o filho de três meses foram encontrados mortos no final da manhã desta segunda-feira (25), no apartamento onde moravam na rua dos Caçadores, no bairro Velha, em Blumenau.

Após o crime, Kelber deixou Santa Catarina, levando consigo o filho mais velho de Jéssica, que foi encontrado alguns dias depois em Munhoz (MG), com os pais do acusado.

A criança foi entregue aos pais de Kelber, em Minas Gerais, por estranhos, mas acabou sendo novamente enviada à Santa Catarina, ficando sob a guarda dos pais de Jéssica.

investigação apontou que Kelber teria ido embora para São Paulo, com destino ao município de Bragança Paulista (SP) com o carro da empresa onde trabalhava.

Após a localização de Kelber, a Polícia Civil de Santa Catarina conseguiu fazer com que o acusado voltasse para Santa Catarina, ficando recluso no Presídio Regional de Blumenau.

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