Vereadores de Florianópolis esvaziam sessão que votaria possível afastamento de Maikon Costa

Apesar de toda a expectativa ao redor da votação da denúncia em desfavor do vereador Maikon Costa (PL), a sessão desta quarta-feira (28) foi adiada. O motivo? Falta de quórum.

Seis vereadores se fizeram presentes na sessão desta quarta: Diácono Ricardo (PSD), João Cobalchini (União Brasil), Renato da Farmácia (PSDB), Manu Vieira (Novo), Afrânio Boppré (Psol) e Maikon Costa (PL).

Segundo o regimento da Casa são necessários oito vereadores para que a sessão ordinária seja realizada. Como o número não foi alcançado, ao final dos 15 minutos, o presidente da Casa, João Cobalchini, convocou a próxima sessão para outra segunda-feira e encerrou os trabalhos.

Bastidores agitados

Os bastidores da Câmara de Vereadores de Florianópolis estão em chamas nas últimas semanas. Há um movimento que tenta a cassação de Maikon Costa (PL) e esse desejo força a articulação entre os pares.

Como são necessários 16 votos para que o afastamento seja consolidado, o movimento desta quarta-feira evidenciou uma manobra do plenário para, além de ganhar tempo, contabilizar o número necessário.

Vereadores contrários

Se de um lado há um movimento para reunir 16 nomes em busca da cassação de Maikon Costa, por outro, existe uma parcela que está convicta pelo “não”.

A bancada do PSOL que é composta por Afrânio, Cíntia Mandata Bem Viver e Tânia Ramos já se posicionou com a negativa. Manu Vieira (Novo), como antecipado na Coluna Bom Dia, também está contra a cassação de Maikon.

Renato da Farmácia (PSDB) que é líder do governo Topázio na Câmara de Vereadores, ao ser perguntado pela Coluna Bom Dia, assegurou que só daria sua posição em plenário. A apuração, no entanto, indica que ele seja contrário a cassação de Maikon Costa.

O que diz Maikon Costa

O vereador denunciado foi um dos presentes na sessão da Câmara de Vereadores. Usou seus perfis na internet para gravar vídeos e questionar a “vergonhosa” postura da Câmara de Vereadores de boicotar a sessão desta quarta-feira.

“É uma vergonha o que estão fazendo aqui e isso só está sendo feito porque, certamente, não conseguiram o número mínimo de votos para a minha cassação”.

Em entrevista concedida à Coluna Bom Dia, Maikon Costa deu um tom de “despedida” e interpretou esse movimento como uma espécie de represália