Fevereiro Laranja: desvendando o câncer do sangue

O movimento Fevereiro Laranja surge da urgência em espalhar conhecimento sobre a condição conhecida como leucemia – Foto: Divulgação

Neste mês de fevereiro, período em que as ruas se enchem de celebrações ligadas ao Carnaval, também é uma oportunidade para conscientização e combate à leucemia. O movimento Fevereiro Laranja surge da necessidade de disseminar informações sobre o conhecido ‘câncer do sangue’, que afeta os glóbulos brancos responsáveis pela defesa do organismo contra infecções. Entre os sintomas comuns estão fadiga, fraqueza, febre, dor óssea, aumento dos gânglios linfáticos e sangramento fácil.

Em outros termos, a medula óssea é considerada a ‘fábrica’ de células sanguíneas do nosso corpo, criando um equilíbrio vital para a saúde. No caso da leucemia, porém, esse equilíbrio é quebrado por células brancas anormais que se multiplicam descontroladamente, tomando o lugar das células saudáveis. No mundo inteiro, a doença representa uma das formas mais comuns de câncer em crianças e adultos, sendo responsável por 3% dos novos casos diagnosticados a cada ano. Segundo o Ministério da Saúde, o número de óbitos por leucemia em 2023 foi de 6.458.

Existem diferentes tipos de leucemia, sendo os mais comuns:

  • Leucemia Mieloide Aguda (LMA): Agressiva e de progressão rápida, geralmente afeta adultos.
  • Leucemia Mieloide Crônica (LMC): Mais comum em adultos, progride lentamente e pode ser controlada com tratamento.
  • Leucemia Linfoblástica Aguda (LLA): Mais comum em crianças, mas pode afetar adultos também.
  • Leucemia Linfocítica Crônica (LLC): Afeta principalmente adultos e progride lentamente.

É possível diagnosticar por meio de exames de sangue, medula óssea e testes genéticos. O tratamento deve ser personalizado, ou seja, adequado para cada tipo de leucemia, podendo incluir quimioterapia, radioterapia, terapia-alvo, transplante de medula óssea e imunoterapia. Quanto mais cedo for diagnosticada, maiores serão as chances de sucesso no tratamento.

Quanto aos desafios, o hematologista do Hospital Santa Catarina de Blumenau, Dr. Alysson Rafael Fabris, explica que “é um tratamento prolongado que exige suporte de transfusão de sangue, apoio psicológico e uma equipe multiprofissional completa para auxiliar o paciente durante o tratamento da leucemia”. O médico ressalta que não basta apenas prescrever o tratamento; é necessário contar com uma equipe multidisciplinar e um hospital preparado para oferecer o suporte necessário aos pacientes. No Onco HSC, a psicologia, fisioterapia, nutrição, enfermagem e farmácia estão integradas para promover a saúde do paciente como um todo, levando em consideração as particularidades de cada caso.

Vanessa Nardelli Poffo foi paciente no HSC Blumenau e compartilha um pouco de sua trajetória: em 2016, enquanto trabalhava em uma escola para crianças especiais começou a sentir muito cansaço, falta de ar ao subir escadas, incômodo e inchaço na garganta. Chegou a ser medicada para amigdalite, mas os remédios não surtiram efeito. Mesmo após vários hemogramas e preocupada com os resultados encontrados na internet, Vanessa foi levada ao HSC Blumenau. Já na triagem, recebeu um tratamento diferenciado e foi internada no mesmo dia. Após mais exames especializados, a equipe multidisciplinar chegou à conclusão de que se tratava, de fato, de leucemia.


Em 1998, foi fundado o ambulatório de quimioterapia do Hospital Santa Catarina de Blumenau. Em meados de 2007, o serviço passou a ser chamado de Centro de Oncologia e, no início de 2011, após reformas para ampliação do setor, o nome foi mudado para Onco HSC - Hospital Santa Catarina de Blumenau/Divulgação

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Em 1998, foi fundado o ambulatório de quimioterapia do Hospital Santa Catarina de Blumenau. Em meados de 2007, o serviço passou a ser chamado de Centro de Oncologia e, no início de 2011, após reformas para ampliação do setor, o nome foi mudado para Onco HSC – Hospital Santa Catarina de Blumenau/Divulgação


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Um enorme choque para a educadora: ‘Foi um momento de luto, chorei muito, muito mesmo. Foi um processo bem sofrido, entre idas e vindas de UTI, CTI, troca de medicação e inúmeras outras coisas que aconteceram ao longo do caminho. O doutor Alysson foi muito preciso em todo o tratamento que realizou comigo. Tive acompanhamento psicológico, apoio de pastores, nutricionistas e fisioterapeutas maravilhosos. Foram 37 dias na primeira internação’, explica Vanessa. Após a alta, a paciente revela que ‘todos os meses voltava para fazer a quimio, mas de vez em quando acontecia algo, como uma pneumonia, que me fazia retornar, mas sempre fui atendida com excelente qualidade’, completa.

Em 2017, Vanessa voltou a atuar na rede de ensino de Pomerode-SC, onde hoje é diretora. Em 2022, mesmo após ser informada de que seria difícil engravidar, e após receber tratamento psicológico multidisciplinar, a família ganhou mais um integrante: Guilherme Ricardo. ‘Meu filho é extremamente saudável, é meu parceiro, meu milagre de Deus’, diz a mamãe mais feliz de Pomerode.

Vanessa posa com seu marido, Elton Ricardo Poffo, com o enteado mais velho, Felipe Ricardo, e o pequeno Guilherme Ricardo – Foto: Arquivo pessoal/Divulgação

Embora não haja uma forma garantida de prevenir a leucemia, medidas como exames regulares e um estilo de vida saudável podem ajudar na detecção precoce e melhorar o prognóstico. A luta contra a leucemia requer pesquisa contínua, investimento em novos tratamentos e apoio aos pacientes. A jornada é desafiadora, mas a esperança e a determinação são armas poderosas.

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