Mulher que matou marido a facadas em apartamento de Blumenau é condenada a 14 anos de prisão

Aconteceu nesta quarta-feira (21) o julgamento da mulher acusada de matar o marido a facadas em Blumenau, no Vale do Itajaí. O caso que chocou a cidade aconteceu em abril de 2022. A sessão do Júri Popular iniciou às 9h e encerrou por volta das 19h.

Em maio de 2023, a mulher, que estava presa desde junho de 2022, teve a prisão preventiva substituída pelo TJSC (Tribunal de Justiça de Santa Catarina) por prisão domiciliar, com monitoramento eletrônico e aplicação de medidas cautelares.

Familiares de Rafael Fug estiveram presentes no julgamento, sendo a irmã e o irmão dele, além dos cunhados, uma prima e também os sobrinhos. A sessão durou cerca de 10h.

Ao todo, oito testemunhas foram ouvidas, cinco de acusação e três de defesa. Após horas de sessão, a mulher foi condenada pelo Tribunal do Júri a 14 anos de reclusão, inicialmente em regime fechado, pelo crime de homicídio qualificado, por motivo fútil e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima.

Foi decidido ainda que a ré não poderá recorrer em liberdade e seguirá em prisão domiciliar até esgotarem todos os recursos.

Relembre o caso

Rafael Fug foi assassinado a facada dentro do apartamento onde morava, localizado na rua José Reuter, no bairro Velha Central, em Blumenau. A vítima foi morta na noite do dia 16 abril, mas a polícia só foi notificada sobre o corpo na manhã do dia 17 de abril, domingo de Páscoa.

A faca supostamente utilizada para matar Rafael não foi localizada pelos agentes. Porém, no apartamento onde o homem foi encontrado, os policiais encontraram marcas de sangue no chão e também na porta de entrada.

Mulher foi flagrada arrastando e chutando corpo de Rafael Fug

Uma câmera de segurança flagrou a mulher suspeita de esfaquear e matar o marido, Rafael Fug, arrastando e chutando o corpo dele no chão. Depois de retirar o corpo do corredor do prédio, ela vai até a garagem e sai pilotando uma moto.

Em depoimento, a suspeita disse que não viu que tinha pegado uma faca para se defender e que Rafael havia se jogado contra o objeto. Segundo o delegado na época, a mulher disse que estava sentada no sofá quando a discussão começou e que o companheiro estava sentado na mesa atrás do móvel. No decorrer da discussão, ela disse que ele voou por cima do sofá e tentou sufocá-la.

Ao ser questionada sobre o motivo de não ter pedido ajuda para salvar Rafael, a acusada comentou que estava muito nervosa com a situação e que não queria ter matado o companheiro.