Casal acumula mais de 700 visitas em cemitérios e quer entrar no Guinness Book: ‘superseguro’

Entrar para o Guinness World Records é para poucos e exige muita determinação, coisa que o casal nordestino Ana e Guilherme Lithg tem de sobra. Os dois buscam um recorde um tanto quanto inusitado: visitar o maior número de cemitérios ao redor do mundo. Para conseguir feito, eles precisam visitar os cemitérios de todas as cidades com mais de 100 mil habitantes das Américas.

Casal visitou o cemitério São José, em Blumenau, no inicio do mês de novembro – Foto: Divulgação/Reprodução/ND

Entre essas cidades, eles passaram por Blumenau, no dia 10 de novembro deste ano. O casal dormiu no cemitério São José, o mais antigo da cidade. Guilherme conta que achou o cemitério do município muito interessante, principalmente, pela história curiosa que envolve o local.

“É um cemitério muito interessante e bem antigo. Tem duas histórias interessantes, a primeira é que o dono do cemitério, seu Alcione, é um ex-coveiro, eu nunca tinha visto isso. A outra é que ele criou uma rota de fuga, porque tem muito medo de ser sepultado vivo, então, caso os ‘falecidos’ tenham sido enterrados vivos, eles têm a capacidade de sair sozinhos”, explica.

Casal viaja para conhecer cemitérios

Segundo Guilherme, a ideia de visitar e conhecer os cemitérios pelo mundo surgiu devido as atividades no meio funerário. Depois de passar 10 anos trabalhando na área, ele fundou uma empresa de desenvolvimento de tecnologias para cemitérios, o que segundo Guilherme, é considerado o mais moderno do mundo.

Mais 10 anos se passaram e Guilherme decidiu juntar suas três paixões: cemitérios, viagens e motorhomes. “Sempre viajamos usando motorhome, porque é a forma mais econômica de se viajar e mais eficiente. Toda vez que viajamos, vamos parando nos cemitérios e conhecendo sem muita pressa”, conta o aventureiro.

Casal viaja pelo mundo visitando cemitérios, em busca de recorde mundial – Foto: Divulgação/Reprodução/ND

Em busca do recorde mundial, o casal já visitou 31 países, sendo que 26 foram de motorhome, totalizando 707 cemitérios. “Vistamos tantos cemitérios que achamos que valia a pena oficializar um recorde mundial porque vimos que ninguém visitou tanto cemitério como a gente”, completa Guilherme.

Eles também criaram o perfil “Coveiros pelo Mundo”, para divulgar todas as histórias que encontram pelos cemitérios. Guilherme ainda conta que já visitou quase todos as cidades dos Estados Unidos, mas que ainda querem viajar do extremo sul das Américas, até o Alasca.

Casal é conhecido por dormir em cemitérios

O viajante conta que quando chegam nos cemitérios, a primeira coisa que fazem é procurar as lendas urbanas do lugar. Nos cemitérios privados, eles buscam as boas práticas que estão sendo desenvolvidas no local. “Também é um dos nossos objetivos, queremos melhorar os serviços de cemitério, através da divulgação das boas práticas”, explica.

Segundo ele, dormir em cemitérios se tornou algo comum para o casal. Ele explica que durante a pandemia de Covid-19, ele trabalhava na construção de covas emergenciais e ampliações em cidades como Recife e São Paulo e por muitas vezes, precisava dormir no local.

“Dormimos dentro do carro e dentro do cemitério, mas nunca com medo. Medo eu teria se eu dormisse no meio da rua. A gente se sente superseguro”, complementa.

Sonho a ser realizado

O grande sonho do casal é completar o grande projeto e para Guilherme, é quase uma missão quebrar tabus, difundir que os cemitérios são verdadeiros museus a céu aberto e resgatar a importância dos locais.

“Cemitérios são o berço das histórias de todas as pessoas, não um depósito de ossos e assombrações como muitos pensam. Queremos que as pessoas falem abertamente sobre isso também. É meu maior sonho, é produzir esse legado”, completa.

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