De Amy Winehouse a Elvis: dois tributos nos palcos da sexta em Floripa

Sexta-feira (1º/03) teremos dois grandes espetáculos na cidade em tributo a duas estrelas que marcaram a história: “Elvis Experience”, que será na Arena Opus (21h30), e o “Especial Sinfônico Amy Winehouse” com a cantora ABRUNA, da Orquestra Sinfônica de Santa Catarina (OSCCA), 21h, no Teatro Ademir Rosa, no Centro Integrado de Cultura (CIC).

Nos dois casos a procura por ingressos está intensa e é melhor garantir. Para o show “Elvis Experience”, assinantes do Clube ND têm direito a desconto de 50% (neste link).

Espetáculo Elvis Experience, que estará de volta a Santa Catarina em fevereiro e março para shows em Joinville, São José e Blumenau – Foto: Lays Milanello/ND

“ELVIS EXPERIENCE, o show que promove uma imersão completa na vida e na obra do Rei do Rock, está de volta ao Brasil. Trata-se do único tributo oficial em cartaz no país, tendo autorização da Elvis Presley Enterprises para reproduzir as músicas e os conteúdos audiovisuais do cantor.

Desde sua ascensão à fama, na década de 1950, até suas lendárias performances em Las Vegas, nos anos 70, o show revisita os maiores sucessos de ELVIS PRESLEY, num formato totalmente ao vivo. Figurinos idênticos aos originais e uma poderosa banda formatada para reproduzir fielmente a formação clássica que acompanhava o Rei, são algumas das atrações do espetáculo.”

Além de Floripa, o tributo a Elvis passará por Joinville na quinta (29/02), no Teatro da Liga, e Blumenau, sábado (02/03), no Teatro Carlos Gomes.

Cantora e atriz ABRUNNA voltará ao papel de Amy Winehouse no especial dedicado à cantora inglesa da Orquestra Sinfônica de Santa Catarina (OSSCA), sexta (1/03), no Teatro Ademir Rosa, no CIC, em Florianópolis – Foto: Instagram/Divulgação

ABRUNA reencontra Amy Winehouse no palco da OSCCA

Agora atenção! Se você ainda não comprou ingressos para o “Especial Sinfônico Amy Winehouse” é melhor se apressar. Na manhã desta terça (27) haviam cerca de 15% de entradas disponíveis. Por enquanto será apresentação única.

Os ingressos estão à venda na plataforma Sympla e no site da OSSCA.

Teremos no palco do Ademir Rosa duas “grifes” da música catarinense, a OSCCA com mais de três décadas de história e uma primazia em concertos especiais, e a cantora ABRUNA, manezinha que encantou o Brasil com a sua potente voz de meso-soprano justamente interpretando Amy. Quando surgiu, ainda em 2011, era conhecida como Bruna Goés e chegou a fazer uma turnê nacional com seu espetáculo.

Maestro José Nilo Valle e a sua OSSCA apresentam novos arranjos para os clássicos de Amy Winehouse – Foto: Foto Cristina Gallo/Divulgação/ND

Home, ressignificada artisticamente como “ABRUNA”, ela segue com sua carreira de cantora sempre fiel aos estilos que consagraram como o soul, o jazz e o R&B.

O Especial da OSSCA terá a regência do maestro José Nilo Valle e sua enérgica e cativante atuação. O repertório estará centrado nos hits dos dois álbuns da cantora, “Frank” o antológico “Back to Black”.

Obviamente que não faltarão clássicos como “Rehab”, “Back to Black”, “Valerie”, “You Know I’m No Good”, “Tears Dry On Their Own”, “Cupid” e “Addicted”. Todas as canções serão executadas com arranjos inéditos da orquestra.

Parece que 2024 será um ano importante para reviver o legado da Amy Winehouse. Em maio chega aos cinemas do Brasil o filme “Back to Black”, a cinebiografia da cantora inglesa, estrelada pela atriz Marisa Abela e direção de Sam Taylor-Johnson.

Veja o trailer:

Amy Winehouse (2011)A britânica Amy Winehouse esteve em Florianópolis em janeiro de 2011.

Em 2011, show em Floripa que seria a volta de Amy Winehouse virou sua despedida do mundo

E não dá para esquecer também que julho marcará os 13 anos da partida de Winehouse, que morreu em decorrência de uma overdose. Apenas seis meses após o show que a cantora fez em Florianópolis, abrindo a turnê que marcaria o seu esperado retorno aos palcos mundiais.

Foi um acontecimento. Por uma estratégia do staff da cantora, Florianópolis, uma Ilha ao Sul das Américas, seria o local ideal para o ponto de partida da retomada da carreira da inglesa, longe do assédio da grande mídia, especialmente dos tabloides ingleses e europeus.

Ela foi a estrela do Summer Soul Festival, numa noite quente de 8 de janeiro de 2011, no Stage Music Park, em Jurerê. Antes o público assistiu a dois shows incríveis da cantora Janelle Monáe (EUa) e cantor Mayer Hawthorne (EUA).

Mesmo se Amy não tivesse aparecido para o seu show – o que não seria surpresa – Janelle e depois Mayer fizeram valer cada centavo do ingresso e da longa espera para entrar na arena.

Tudo estava um tanto quanto tenso, principalmente nos bastidores. A produção local viva a “nóia” de uma possível desistência. Amy estava no Rio de Janeiro, de onde sairia para pegar o jato e vir direto a Florianópolis. Na plateia, houve até apostas valendo garrafas de champanhe e dinheiro tanto caso ela aparecesse ou não e quanto tempo duraria o show.

Mas Amy veio e, contrariando a expectativa geral, foi quase pontual, com poucos minutos de atraso. Não foi um show fácil de assistir, embora tenha sido o único em toda a conturbada turnê que se seguiu a partir dali com um começo, meio e fim.

Com seu emblemático penteado, o corpo frágil e esguio sustentado pelos sapatos de saltos, Amy subiu ao palco meio que atabalhoada, passou direto pelo microfone, e quando começou a cantar trocou o “mic” pela garrafa d’água que por muito tempo não largava (havia a suspeita de que não era água).

Eu estava lá e o que eu vi estava longe de ser a tão sonhada volta triunfal da inglesa após dois anos de tratamento para desintoxicação do álcool e das drogas. Amy parecia não saber onde estava – se era em Santa Tereza, no Rio de Janeiro, ou em sua Camden Town, em Londres.

Pouco importava, ela estava ali tentando, contando com o apoio do público e da sua atenciosa banda para emendar os hits, entrar nas letras (esqueceu até um trecho de “Rehab”), e conseguir voltar ao roteiro muitas vezes atravessados por ela. A certa altura ela se vira para a banda e pergunta: “Qual música vamos cantar agora?”.

Em outros ficou sentada à beira da plataforma da bateria assistindo a jam dos seus parceiros. Outra situação interessante: na primeira parte do show, Amy deixou o palco praticamente em quase todas as músicas. A cada saída pairava aquela apreensão e muitos da plateia brincavam: “Sei não, acho que dessa vez ela não volta mais”.

Mas voltava, para delírio da multidão, que entendeu o jogo, as condições e procurou fazer o clima para que Amy pudesse, aos trancos e barrancos, mas sempre com um sorriso ao rosto e a seu peculiar “remelexo” levar o show até o fim, com pouco mais de uma hora e com direitos a momentos bacanas, como na homenagem que fez à histórica banda inglesa de ska The Specials.

Aqui está o show na íntegra registrado à época por uma alma bondosa e audaciosa na plateia. A definição não é das melhores, mas está lá no canal This Is My Winehouse.

Mas ficou por isso. O que Amy tinha a entregar naquela que seria a sua grande retomada parece que foi deixado em Floripa. A partir dali foi uma sucessão de shows frustrantes, alguns sequer chegaram à metade, outros foram cancelados.

Com Amy em recorrentes recaídas, o destino parecia estar selado e ele se confirmou naquele 23 de julho de 2011.

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