“Mercadores da Morte”: operação investiga possíveis irregularidades em Florianópolis e Criciúma

O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas) deflagrou na manhã desta terça-feira (28) a operação “Mercadores da Morte”, em apoio à 29ª Promotoria de Justiça da Capital e à 6ª Promotoria de Justiça de Criciúma.

No total, estão sendo cumpridos 20 mandados de  busca e apreensão para apurar um suposto crime contra a ordem econômica, conhecido como cartel crime na relação de consumo e crime contra a paz pública.

Participam da operação 118 policiais do Gaeco e mandados estão sendo cumpridos em Florianópolis, São José e Criciúma, no sul do Estado. Até o momento foram apreendidos documentos relacionados a edital de concorrência pública, documentos relacionados a renovação, celulares, dinheiro, entre outros.

Investigação do Gaeco

O processo de investigação criminal foi instaurado em 2022 e desde então a 29ª Promotoria de Justiça da Capital vem apurando supostas irregularidades envolvendo a prestação de serviços funerários.

De acordo com a apuração, o esquema teria começado em Florianópolis e estaria se expandindo para Criciúma, utilizando o mesmo modus operandi.

As empresas do ramo funerário estariam estabelecendo regras e valores superfaturados dos serviços e juntas estariam controlando os preços para que não haja concorrência.

Participam da operação 118 policiais do Gaeco e mandados estão sendo cumpridos em Florianópolis, São José e Criciúma, no sul do Estado. Até o momento foram apreendidos documentos relacionados a edital de concorrência pública, documentos relacionados a renovação, celulares, dinheiro, entre outros.

O que dizem as prefeituras de Florianópolis e Criciúma

A prefeitura de Florianópolis disse estar ciente da operação e anunciou que também vai colocar o Procon e o Núcleo Anticorrupção de Florianópolis à disposição.

De acordo com a prefeitura, atualmente, a exploração do cemitério em Florianópolis é feita por empresas que receberam a outorga há 5 anos e o contrato vence em fevereiro de 2024.

Já a prefeitura de Criciúma disse que toda a documentação solicitada foi disponibilizada ao Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) e que servidores públicos se colocaram à disposição para quaisquer esclarecimentos.

Alega ainda, que todos os atos de contratação das empresas funerárias que prestam serviços na cidade de Criciúma ocorreram de forma legítima, observando os princípios da legalidade, da moralidade, impessoalidade e publicidade exigidos constitucionalmente. A prefeitura diz que está à disposição da Justiça para quaisquer esclarecimentos.