Ministro avalia estragos das chuvas e Jorginho Mello pede R$ 465 milhões ao governo federal

Para analisar ações emergenciais e estratégias de reconstrução frente aos impactos das chuvas no Vale do Itajaí, o ministro da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes (PDT), visitou Santa Catarina neste sábado (25).

A comitiva também esteve na cidade de Rio do Sul – Foto: Secom/Gabriel Della Giustina/Divulgação/ND

Após a determinação do presidente Lula (PT), o ministro chegou acompanhado do Secretário Nacional de Proteção e Defesa Civil, Wolnei Wolff, do presidente do Sebrae Nacional, Décio Lima (PT), e de técnicos da Defesa Civil Nacional.

A comitiva veio para discutir ações de socorro às pessoas atingidas pelas enchentes no últimos meses e foi recebida pelo governador Jorginho Mello (PL), pelo secretário da Infraestrutura, Jerry Comper (MDB), e pelo secretário da Proteção e Defesa Civil, Coronel Luiz Armando Schroeder Reis (PL).

Governador solicita agilidade

Em uma das reuniões, Jorginho Mello pediu agilidade na análise da documentação enviada para que os prefeitos possam se recuperar. “Tem ações que o Governo Federal precisa fazer mais rapidamente, como a prorrogação do financiamento agrícola”, afirmou o governador.

O governador pediu agilidade na análise da documentação enviada para que os prefeitos possam se recuperar – Foto: Ricardo Trida/Secom/Divulgação/ND

Além disso, Jorginho Mello solicitou a devolução de R$ 465 milhões para enviar a quantia aos prefeitos. “É um dinheiro de Santa Catarina que nós aplicamos em obras federais”, explicou.

Primeira reunião aconteceu em Trombudo Central

Antes de visitar Rio do Sul, uma das cidades catarinenses mais atingidas, a primeira reunião aconteceu na sede do Corpo de Bombeiros de Trombudo Central, com a prefeita Geovana Gessner (PMDB) e prefeitos da região.

Segundo a prefeita, Trombudo Central conta com um prejuízo calculado em R$ 40 milhões. Cerca de 4.067 pessoas foram atingidas e 20 casas foram levadas.

“Esses números nos assustam e sabemos que temos que reconstruir”, disse. Ela acrescentou sua fala agradecendo o governo do Estado pela ajuda de colchões e cestas básicas.

“E nós precisamos que o governo federal reconheça nosso estado de Calamidade Pública”, finalizou a prefeita.

Segundo a prefeita, Trombudo Central conta com um prejuízo calculado em R$ 40 milhões – Foto: Ricardo Trida/Secom/Divulgação/ND

Ministro afirma que SC já tem recurso aprovado

Góes disse que mais de R$ 80 milhões já estão aprovados para Santa Catarina. Contudo, as liberações serão realizadas à medida que as prefeituras concluírem seus planos de trabalho.

“Certamente a nossa ação vai acontecendo de acordo com os planos que vão chegando”, afirmou o ministro, que reconheceu 188 municípios de Santa Catarina em estado de calamidade pública.

Os recursos aprovados serão destinados à reconstrução de casas e pontes, reparos em escolas e outros prédios públicos, bem como à compra de cestas básicas e kits de higiene, dormitório e limpeza.

Investimentos do governo federal

Segundo o governo federal, o Ministério da Saúde garantiu o kit calamidade e também a Força Nacional do SUS. O Banco do Brasil ofereceu ajudas humanitárias, para garantir crédito ao setor público e privado. Além disso, a Caixa Econômica contribui com a liberação de fundo de garantia por dentro do serviço.

A recepção de propostas de ação de prevenção de desastres naturais está sendo realizado pelo Ministério da Cidade e já conta com mais de 220 propostas apresentadas pelo Estado e por munícipios catarinenses. Ainda, o Ministério do Desenvolvimento Social apoiou com cerca de R$ 2,3 milhões para o acolhimento de 7.152 pessoas.

Estradas

Cerca de R$ 100 milhões foram investidos pelo Ministério do Transporte para o restabelecimento de estradas federais no Estado. O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) destinou mais de R$ 640 milhões para o plano de rodovias do governo de Santa Catarina.

Além disso, o governo está realizando a duplicação da BR-280 e BR-470, e o Ministério do Desenvolvimento Agrário está cuidando da renegociação e prorrogação das dívidas, além de garantir o seguro para o agromais.

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