Educação financeira nas escolas: como prevenir o endividamento?

Segundo os dados da pesquisa de endividamento realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, as dívidas das famílias brasileiras chegaram a 78,3% no ano de 2023. Essa porcentagem gera a seguinte reflexão: será que se as crianças tivessem educação financeira como matéria nas escolas desde pequenos, a realidade não seria outra?

É crucial levantar assuntos nas escolas sobre o dinheiro, lembrando de respeitar a linguagem de cada faixa etária ali presente – Foto: iStock

Isso porque entender como se deve gerenciar as próprias finanças ajudaria a eliminar uma boa parte dessa problemática de endividamento entre as famílias. Pois a educação financeira, além de orientar os estudantes no manuseio com o próprio dinheiro, também é capaz de ensiná-los a desenvolver planejamentos para tal.

A educação financeira, inclusive, já está na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), como um tema transversal para as instituições, e deve constar nos currículos de todas as escolas do Brasil. Portanto, todas as instituições precisam se adaptar para proporcionar o ensino da economia enquanto educadores.

Qual é a importância de ensinar educação financeira nas escolas?

Ao proporcionar essa matéria para os alunos, a instituição estará colaborando com a formação de um cidadão consciente no que diz respeito ao controle financeiro, fornecendo condições para o estudante lidar com o dinheiro da melhor forma possível, por meio de orientações e ferramentas que o ajudarão a manifestar um planejamento financeiro.

Esse planejamento ajudará o cidadão a ter o conhecimento de saber como, onde e quando gastar o seu dinheiro. E esses são fatores que o indivíduo precisa ter controle para não entrar no endividamento, para que consiga ter as suas conquistas, seja para pagar os estudos, tirar a carteira de motorista ou até mesmo comprar um carro, além de manter as suas despesas diárias.

E além de ter o aprendizado na escola e levar para si na própria caminhada, o aluno ainda pode conduzir o estudo para dentro de casa, compartilhando assim, com aqueles que o cercam, e auxiliando no planejamento do orçamento familiar.

Mas como abordar a educação financeira nas instituições de ensino?

O problema do endividamento já é presente na maioria das famílias brasileiras, e quando ignoramos um problema, ele tende a crescer, por isso a importância de ensinar as crianças desde pequenas.

E por isso, é crucial levantar assuntos nas escolas sobre o dinheiro, lembrando de respeitar a linguagem de cada faixa etária ali presente. Porém, para isso, é necessário que os professores tenham a formação para aplicar tal disciplina dentro da sala de aula, além dos materiais didáticos necessários.

A educação financeira é bem flexível, e pode ser ensinada para além da matéria de matemática. Confira alguns temas que podem ser abordados para o ensino:

  • Impactos sociais do dinheiro;
  • Mudanças da moeda oficial;
  • Leitura de gráficos e conceitos como inflação, taxa de juros e impostos;
  • Desigualdade social causada pela má distribuição de renda;
  • Poder de compra em diferentes países;
  • Como o consumo sem responsabilidade afeta o planeta;
  • Como economizar dinheiro para realizar um sonho;
  • Relação entre consumo e controle de gastos;
  • Finanças pessoais, etc.

Quanto mais próximo o conteúdo for da realidade de cada aluno ali presente, mais conhecimento sobre o tema será absorvido. Isso porque, é a partir da identificação sobre um assunto, que conseguimos prender a atenção e levar algum aprendizado e reflexão para casa.

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