Violência contra a mulher: memorial lembra as 52 vítimas de feminicídio em SC neste ano

Uma imagem impactante e que busca alertar a comunidade. Em frente à Dpcami (Delegacia de Proteção à Criança, ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso) de Araranguá, no Sul do Estado, um memorial lembra as 52 vítimas de feminicídio neste ano em Santa Catarina.

Memorial lembra vítimas de feminicídio em 2023 no estado – Foto: Divulgação/PCSC/ND

Memorial traz reflexão sobre o combate à violência contra a mulher

Pares de sapatos, os nomes das cidades em que os os crimes aconteceram, além das datas dos feminicídios, escancaram a violência e refletem sobre a importância de debater o tema.

A delegada da Dpcami de Araranguá, Eliane Chaves, lembra que todos os dias casos de violência contra a mulher são atendidos no órgão.

“A gente resolveu fazer uma ação que realmente impactasse e levasse essa mensagem à comunidade para que todos pensassem e refletissem sobre qual o papel de cada um no enfrentamento à violência contra a mulher”, detalha a delegada.

Parceiros das vítimas são os principais responsáveis pelos crimes, diz delegada

No âmbito da violência contra a mulher, a titular ainda afirma que a maioria dos casos que chega à Delegacia de Polícia são de ameaça e praticados por parceiros das vítimas.

“São o caso desses 52 feminicídios de Santa Catarina. Posso dizer que, 51 mortes, comprovadamente, têm motivação passional e foram praticadas por pessoas que tinham vínculos afetivos com as vítimas”, acrescenta.

A iniciativa visa uma discussão mais abrangente sobre a origem da violência contra a mulher. “Cada uma dessas vítimas é muito mais do que um número. Elas representam uma perda gigante da nossa sociedade e deixaram pais, filhos, irmãos, irmãs… Nós precisamos continuar discutindo e falando sobre esse assunto”, finaliza Eliana.

No muro da Delegacia de Polícia, local em que o memorial foi implantado, ainda está escrito o questionamento: “Por que os homens matam as mulheres?”.

 

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