Entenda o que acontece no seu corpo quando você toma antidepressivos?

Considerados seguros e eficazes, os antidepressivos são parte de um plano de tratamento que deve incluir mudanças no estilo de vida, redução de estresse, psicoterapia e outros tratamentos. Através da interação dessas medidas, os melhores resultados são obtidos.

Apesar disso, os efeitos colaterais dos antidepressivos e medo de ficar dependente desses remédios podem atrapalhar a estratégia e levar ao abandono da terapia. As informações são do site Uol.

efeitos colaterais dos antidepressivos e medo de ficar dependente desses remédios podem atrapalhar a estratégia e levar ao abandono da terapia

Efeitos colaterais e benéficos variam de pessoa e de organismo e nem todos os antidepressivos funcionam da mesma forma para os pacientes – Foto: Pixabay/Divulgação/ND

Na América Latina, o Brasil é o país onde mais prevalece a depressão, sendo as mulheres as mais afetadas. O quadro é uma das principais causas de incapacidade em todo o mundo.

A estimativa é que mais de 300 milhões de pessoas em todo o mundo, de todas as idades sofram com a doença, que em geral, se manifesta no fim da terceira década de vida.

E como o seu organismo reage aos antidepressivos?

Os efeitos colaterais e benéficos variam de pessoa e de organismo e nem todos os antidepressivos funcionam da mesma forma para os pacientes.

Além disso, pode levar um tempo até que uma melhora apareça. em geral de 2 a 4 semanas após começar o tratamento.

Conheça alguns dos efeitos esperados desses medicamentos:

  • Melhora dos sintomas e remissão (controle) do quadro
  • Efeitos colaterais comuns
  • Aumento de peso
  • Disfunção sexual

As primeiras respostas observadas pela maioria dos pacientes são a a melhora da qualidade de vida e dos sintomas típicos da depressão.

Em um grupo de 100 pessoas, de 40 a 60 delas que usaram antidepressivos relatam melhora dos sintomas no período de oito semanas

  • Menor reatividade às dificuldades do dia a dia
  • Redução de pensamentos obsessivos
  • Maior capacidade de pensar e observar sentimentos e ações.
  • Desapego de pensamentos negativos e experiências traumáticas do passado.
  • Melhora da energia, do sono e da concentração.

Em quadros mais graves a associação de antidepressivo com outros medicamentos é comum. A ideia é acelerar a melhora dos incômodos da doença, quando há risco de suicídio.

Você percebe os incômodos

Como qualquer outro medicamento, os antidepressivos apresentam efeitos colaterais que podem variar do tempo de uso e sensibilidade individual ao remédio.

Para a maioria dos pacientes, os incômodos podem ser gerenciados com orientações médicas. Os mais comuns são os seguintes:

  • Boca seca
  • Náusea
  • Cansaço
  • Insônia
  • Tontura
  • Sonolência
  • Dor de cabeça
  • Diarreia
  • Constipação

Com o uso de antidepressivos mais modernos, o efeito colateral pode aparecer. Em várias situações poder ser difícil identificar a causa real do ganho de peso, porque ele pode estar associado às seguintes circunstâncias:

  • Falta de atividade física e alterações no apetite como consequência do quadro depressivo
  • Pode ser que, em um primeiro momento, tenha havido perda de peso pela ausência de apetite durante o aparecimento da doença. O aumento posterior pode decorrer da regulação do apetite durante o tratamento.
  • O fenômeno também pode se dar devido ao ganho natural durante o envelhecimento

Tipos de antidepressivos 

O aparecimento dos antidepressivos data dos anos 1950. Desde então, moléculas foram e continuam sendo desenvolvidas e classificadas pelas propriedades farmacológicas.

Destacamos as classes mais utilizadas atualmente:

  • Inibidores seletivos de recaptação da serotonina são: citalopram, escitalopram, fluoxetina, fluvoxamina, paroxetina, sertralina e vilazodona
  • Inibidores de recaptação da serotonina/noradrenalina -também chamados de duais são: duloxetina, venlafaxina
  • Inibidores seletivos de recaptação de noradrenalina e dopamina são: vortixetina
  • Moduladores de seratonina são: nefazodona, trazodona, vilazodona
  • Atípicos, que não se encaixam nas classificações acima são: bupropiona, agomelatina

Como os antidepressivos funcionam

Segundo especialistas, a depressão tem como causa o desequilíbrio de certos mensageiros químicos: Serotonina, a noradrenalina e a dopamina, conhecidos como neurotransmissores.

É possível ficar dependente?

Não. Ao contrário de alguns tipos de de medicamentos indicados para induzir sono e sedativos, os antidepressivos não causam dependência. Em geral, as pessoas querem deixar de usá-lo o quanto antes.

Dicas de uso seguro dos antidepressivos:

Esses medicamentos são considerados seguros e eficazes, mas para potencializar os benefícios esperados, adote as seguintes medidas:

  • Converse abertamente com seu médico sobre o uso de outros medicamentos, incluindo os que você compra sem receita na farmácia, além de suplementos, fitoterápicos e drogas recreativas. Elas podem interagir com o antidepressivo e prejudicar o seu tratamento.
  • Siga as instruções do médico, do fabricante e de seu farmacêutico de confiança sobre a forma de tomar o medicamento.
  • Evite aumentar ou diminuir as doses sem orientação profissional.
  • Solicite ao médico um canal aberto para comunicação sobre eventuais efeitos colaterais e saber como gerenciá-los
  • Evite parar de tomar antidepressivos por conta própria. Como ele atua no SNC (sistema nervoso central), é preciso que o corpo se adapte gradualmente à retirada do remédio. Seu médico vai poder orientá-lo a fazer isso de forma segura. A medida evita efeitos indesejáveis, assim como o agravamento da depressão.
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