Insuficiência cardíaca: o que é e como pode levar a um transplante de coração

Falar de insuficiência cardíaca é discutir diretamente sobre o coração — órgão muscular responsável por bombear o sangue para diversas partes do corpo. Quando surge uma dificuldade nesse processo é identificado o distúrbio, condição que reduz a capacidade de contração e de encher as câmaras cardíacas adequadamente.

A incapacidade do coração de bombear o sangue de forma eficaz para fornecer oxigênio a órgãos importantes faz com que apareçam alguns sintomas

A incapacidade do coração de bombear o sangue de forma eficaz para fornecer oxigênio a órgãos importantes faz com que apareçam alguns sintomas – Foto: iStock/Divulgação/its Teens

Porém, nem sempre é facilmente diagnosticado, “Na fase inicial, a doença pode ser até assintomática, a pessoa está doente mas não apresenta os sintomas. A insuficiência cardíaca ocorre pelo enfraquecimento do músculo que reduz o bombeamento do sangue, o que pode afetar o lado direito ou esquerdo do coração, ou até mesmo os dois”, explica o médico cardiologista Frederico Di Giovanni.

Entenda algumas das causas da insuficiência cardíaca

A insuficiência cardíaca pode ser causada por diversas condições, incluindo:

  • Doença arterial coronariana: bloqueio das artérias que fornecem sangue ao coração;
  • Hipertensão arterial: pressão alta que pode enfraquecer o coração ao longo do tempo;
  • Doenças cardíacas: como a inflamação do músculo cardíaco, conhecida como miocardite;
  • Infarto do miocárdio: dano ao músculo cardíaco referente à falta de fluxo sanguíneo;
  • Diabetes: aumenta significativamente o risco da doença cardíaca.

Essas são apenas algumas das causas que podem levar ao cenário da insuficiência cardíaca, e muitas das vezes outros fatores contribuem para o desenvolvimento da doença. Por isso, é crucial a avaliação de um profissional da área para indicar o que de fato pode ter influenciado a desenvolver a condição médica.

E os sintomas, quais são?

Na fase inicial da doença, os pacientes são assintomáticos ou apresentam sintomas leves. “Um deles é a falta de ar após esforços muito significativos, e conforme a doença vai se desenvolvendo no corpo do paciente, os sintomas tornam-se cada vez mais evidentes, onde ele precisa realizar novos exames por desconforto ou pela necessidade de internações hospitalares repetidas”, conta Frederico.

Porém, cada pessoa e corpos são únicos, e por isso, cada um vai desenvolver a insuficiência cardíaca de uma forma, tanto no quesito gravidade da doença, quanto no desenvolvimento gradual da mesma no corpo.

A incapacidade do coração de bombear o sangue de forma eficaz para fornecer oxigênio a órgãos importantes como os rins, cérebros, musculaturas das pernas e braços traz prejuízos a saúde. “Faz com que apareçam alguns sintomas, como: falta de ar e energia, presença da tosse seca, acúmulo de líquido nos pulmões, inchaço de membros inferiores, abdômen inchado ou dolorido, perda de apetite, confusão e perda da memória”, explica Frederico.

Em casos mais graves, o tratamento pode ser mais intenso, necessitando de suportes mecânicos, dispositivos cardíacos — como bombas de assistência ventricular, ou até mesmo de um transplante cardíaco.

O que seria um transplante cardíaco?

O transplante cardíaco consiste num procedimento cirúrgico em que um coração saudável é transplantado de um doador que faleceu para uma pessoa que está com o coração gravemente comprometido pela insuficiência cardíaca.

Essa é uma cirurgia muito delicada e pode haver complicações. “No entanto, nos pacientes com doenças cardíacas graves, pode representar a única solução terapêutica verdadeira. A cirurgia e a recuperação transcorrendo sem problemas, graças ao transplante o paciente melhora significativamente a sua qualidade de vida (em comparação com antes da cirurgia) e pode voltar a realizar diversas atividades, desde laborais a físicas”, afirma Frederico.

Esse processo é considerado quando as alternativas de tratamento já não são mais eficazes, em tal momento a insuficiência cardíaca está altamente avançada. Num primeiro instante, ocorre a avaliação do paciente, para que haja comprovação de que aquele indivíduo é adequado para um transplante de coração.

Após as avaliações médicas, psicológicas e sociais serem realizadas, o paciente entra para a fila de espera por um órgão doador compatível. Essa listagem é realizada conforme a gravidade da doença no enfermo.

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