Azeite caro? Saiba por que e quando o preço deve baixar

Desde o segundo semestre de 2023, o azeite virou um grande vilão na cozinha brasileira. Está custando os olhos da cara, como costumamos dizer, sendo que é essencial em nosso hábitos alimentares. Doeu no bolso especialmente durante o período festivo de fim de ano – ou ainda está doendo!

Azeite é muito utilizado na culinária do mundo inteiro, inclusive no Brasil

Preço do azeite continua alto e não deve baixar a curto prazo – Foto: Reprodução Pexels

Estudo feito pela Horus, empresa de inteligência de mercado, revela que o preço médio do litro do produto aumentou significativamente. Em onze meses, o valor saltou de R$ 44,25, em janeiro de 2021, para expressivos R$ 86,19 em novembro do mesmo ano. Significa aumento de 95%.

É preocupante saber que a principal causa desse aumento no valor do azeite quase nada tem a ver com jogo de mercado. Trata-se mesmo de problemas fora do controle do setor, porque envolve, por exemplo, fatores climáticos.

Azeite é um dos produtos mais caros nos supermercados atualmente

Preço alto, carrinho vazio – Foto: Reprodução Pexels

Nos últimos anos, tem ocorrido quebras de safras em sequência, sobretudo na Europa. Mais precisamente a Espanha, maior exportador de azeite do planeta. A própria Associação Brasileira de Produtores, Importadores e Comerciantes de Azeite de Oliveira (Oliva) expõe essa questão. Os fatores climáticos globais impactam diretamente as plantações de oliveiras.

Não obstante, a ação de uma bactéria vem agravando esse quadro. A Oliva também destaca esse problema como fator importante no problema da quebra de safras.

Azeite vai ficar mais barato?

Sobre a questão climática, a Espanha enfrentou um período longo de seca, sobretudo em 2022. As oliveiras sentiram e o resultado foi uma redução drástica na produção de azeitonas, que é de onde vem o azeite de oliva. Consequentemente, o ano teve a pior safra da História, ficando 26% abaixo do média anual.

Azeite pode ser usado de várias formas e situações na culinária

Produto é comum na culinária brasileira, mas está em falta – Foto: Reprodução Pexels

Já em 2023 o clima foi menos cruel, mas não a ponto de reverter o quadro. O valor final que se paga, nas prateleiras do supermercado, é consequência desses fatores. E se a situação se repete, cada vez mais o azeite vira produto escasso no mercado. Assim, conforme manda a lei da oferta e da procura, a tendência é que o valor suba ainda mais.

É o que estamos sentindo agora, em 2024, quando o preço chegou a patamares jamais vistos. O que é pior: mesmo que fatores como o clima se normalizem na Europa, até sentirmos isso no bolso deve levar coisa de mais de ano. É assim que o mercado funciona, pois precisa de um tempo considerável para se estabilizar.

Azeite tem na azeitona sua matéria-prima

Azeitona, matéria prima para a produção do azeite: seguidas safras ruins – Foto: Reprodução Pexels

Há notícias otimistas vinda da Europa. O problema é que, ainda assim, não sentiremos os efeitos tão cedo no Brasil, que é um dos maiores importadores de azeite do planeta. Há muitos benefícios no consumo do azeite, o problema é que dói no bolso.

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