Idade, genética e até Educação: os sinais do Alzheimer

De acordo com dados da Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz), estima-se que haja cerca de 1,2 milhão de casos da doença no Brasil. Muitos desses casos ainda não foram diagnosticados. Ocorre frequentemente devido à dificuldade em reconhecer os sintomas da doença.

Alzheimer dá sinais bem antes de a doença se manifestar em seu estágio marcante

Alzheimer pode ser descoberto por alguns sinais – Foto: Pixabay/Reprodução/ND

Eles podem ser confundidos com comportamentos típicos do envelhecimento, mas nem sempre é assim. Embora ainda não exista uma cura para a doença, é importante ressaltar a importância de um diagnóstico preciso.

O objetivo é dar tratamento adequado para melhorar significativamente melhorar a qualidade de vida do paciente. Confira alguns fatores que podem estar ligados ao desenvolvimento da doença.

Não se sabe exatamente o que causa a doença, mas pesquisas indicam prováveis sinais – Foto: avc-previnase

Alzheimer e a idade

  • A idade é o principal fator de risco para o desenvolvimento da doença de Alzheimer. A maioria dos casos diagnosticados ocorre em pessoas com 65 anos ou mais. Embora menos comum, o Alzheimer precoce pode afetar indivíduos com menos de 65 anos. Estima-se que até 5% das pessoas com Alzheimer tenham desenvolvido a doença prematuramente. O diagnóstico do Alzheimer precoce geralmente é incorreto.

Fator família

  • Se algum dos seus pais ou irmãos desenvolver Alzheimer, as chances de você também desenvolver a doença são maiores em comparação com alguém que não tenha um parente de primeiro grau afetado pelo Alzheimer. Embora os cientistas não compreendam completamente as causas do Alzheimer em famílias, fatores genéticos, ambientais e de estilo de vida podem desempenhar um papel influente.

Foto: Pixabay/Divulgação/ND

Alzheimer e a genética

  • Pesquisadores identificaram variações genéticas que aumentam o risco de desenvolvimento da doença de Alzheimer. Entre essas variações, destaca-se o gene APOE-e4, o mais comum entre os de risco associados ao Alzheimer, podendo influenciar cerca de vinte e cinco por cento dos casos da doença.
  • É importante diferenciar os genes determinísticos dos genes de risco. Enquanto os genes de risco aumentam a probabilidade de desenvolver a doença, os genes determinísticos garantem o seu desenvolvimento. A herança de um gene determinístico é a única causa conhecida do Alzheimer. No entanto, o Alzheimer causado por um gene determinístico é raro, ocorrendo em menos de 1 por cento dos casos. Quando um gene determinístico é responsável pelo Alzheimer, é denominado “doença autossômica dominante de Alzheimer (ADAD, na sigla em inglês)”. Essas descobertas destacam a importância da genética na compreensão e prevenção da doença de Alzheimer.

Deficiência cognitiva leva

  • Ter Distúrbio Cognitivo Leve (DCL), especialmente quando envolve questões de memória, eleva o risco de desenvolver Alzheimer e outras formas de demência. No entanto, o DCL nem sempre progride de forma constante. Em certos casos, pode ser reversível ou permanecer estável ao longo do tempo. Essas nuances ressaltam a importância da avaliação e do acompanhamento médico para entender e gerenciar o DCL de maneira eficaz.

Doença cardiovascular

  • A relação entre a saúde do cérebro e a saúde cardiovascular é estreita. O cérebro depende do fornecimento sanguíneo para obter oxigênio e nutrientes essenciais, e é o coração que se encarrega de bombear sangue para essa finalidade. Dessa forma, condições que afetam o sistema cardiovascular também podem aumentar o risco de desenvolvimento de Alzheimer e outras formas de demência.
  • Isso inclui hábitos como fumar, a presença de obesidade, diabetes, altos níveis de colesterol e hipertensão arterial na meia-idade. Esses fatores destacam a importância de cuidar tanto da saúde do coração quanto da saúde cerebral para promover um envelhecimento saudável e reduzir o risco de doenças neurodegenerativas.

Foto: Freepik

Alzheimer e Educação

  • Um maior risco de Alzheimer e outras demências foi associado a menos anos de educação formal, de acordo com estudos. Embora não haja uma razão definitiva para essa ligação, alguns cientistas sugerem que a educação prolongada pode fortalecer as conexões neurais.
  • Isso, por sua vez, permite ao cérebro utilizar rotas alternativas de comunicação entre os neurônios durante mudanças decorrentes do Alzheimer e de outras demências. Essa perspectiva destaca a importância da educação na promoção da saúde cerebral e na redução do risco de doenças neurodegenerativas.

Trauma na cabeça

  • Após um traumatismo craniano moderado ou grave, como uma pancada na cabeça ou ferimento no crânio que resulte em amnésia ou perda de consciência por mais de 30 minutos, o risco de desenvolver a doença de Alzheimer e outras demências aumenta significativamente. Cerca de cinquenta por cento dos traumatismos cranianos são resultado de acidentes automobilísticos.
  • Além disso, pessoas que sofrem repetidos ferimentos no cérebro, como atletas e lutadores, enfrentam um maior risco de desenvolvimento de demências e comprometimento cognitivo. Esses dados ressaltam a importância da prevenção de lesões cranianas e do cuidado com a saúde cerebral para evitar complicações neurodegenerativas.
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