Os notáveis direitos das mulheres nos Emirados

A imagem que se formou no Brasil transformou as mulheres dos países árabes em submissas aos homens e sem direitos mínimos. É o que se registra no Iran e na Arábia Saudita, onde as mulheres não votam, não podem dirigir e sequer podem circular com o rosto descoberto. É a predominância na estados islâmicos.

Mas há uma realidade inteiramente nova nos últimos 52 anos nos Emirados Árabes Unidos. As mulheres ocupam ali o primeiro lugar em relação a seus direitos na sociedade.

Os Emirados são um país novo (1972), altamente educado, com taxas de alfabetização masculina e feminina acima de 95%. Mais de 77% das mulheres dos Emirados ingressam no ensino superior após o ensino médio. E 70% de todos os graduados em universidades são mulheres.

Na origem deste cenário único e extraordinário para os tempos modernos estão as ideias do fundador dos Emirados, o xeique Zayed bin Sultan Al Nahyan, considerado o “pai da Nação”. Ele governou por 33 anos.

E defendia com firmes convicções que as mulheres deveriam ter mais direitos à educação, em todos os níveis, do que os homens. Elas que ficam em casa, que cuidam da formação das crianças e, portanto, precisam saber mais do que os maridos.

No encontro de ontem, em Abu Dhabi, entre integrantes da comitiva catarinense e dirigentes da Zayed Universidade, revelações que confirmaram esta notável realidade.

Vista aérea da Zayed University – Foto: Reprodução/Internet

O nome da instituição deve-se ao seu criador, o xeique Zayed bin Sultan Al Nahyan, que criou há 26 anos uma universidade exclusiva para as mulheres: uma em Abu Dhabi e outra em Dubai. A que funciona até hoje em Dubai tem 100% das matrículas femininas e a da Capital conta com 73% de mulheres e 27% de homens.

Os princípios e direitos das mulheres, fixados pelo fundador, amado até hoje pelos nativos, talvez explique a presença de quadros enormes com fotografias ou pinturas em todos os locais dos Emirados.

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