Extrema pobreza recua e atinge apenas 1,8% da população de Santa Catarina

A população em extrema pobreza diminuiu em Santa Catarina. Os dados, que correspondem a 2022, foram apresentados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e apontam que cerca de 130 mil pessoas vivem nesta condição no Estado, cerca de 1,8% dos moradores.

O IBGE considera os parâmetros do Banco Mundial de Poder de Paridade de Compra de US$ 2,15 (aproximadamente R$ 10) por dia para extrema pobreza. Até 2021 era considerado US$ 1,90. Se o parâmetro anterior ainda fosse aplicado, em Santa Catarina, o número seria menor.

Situação de extrema pobreza é vivenciada em diferentes cidades de SC.

Santa Catarina tem 130 mil pessoas vivendo em extrema pobreza – Foto: Divulgação/RIC Mais SC

Os números de 2022 demonstram que houve queda em relação a 2021, quando atingiu o pico dos últimos 10 anos: 2,4% da população. O índice foi parecido em todo país, com queda nos números na comparação com os anos anteriores.

No Brasil, o índice também caiu para 5,9% em 2022, após alcançar 9% em 2021. Em termos de contingente, em 2022, havia 12,7 milhões de pessoas na extrema pobreza, segundo o IBGE.

Santa Catarina tem o menor percentual na extrema pobreza

Santa Catarina tem o menor percentual de pessoas na extrema pobreza do Brasil, ao lado do Distrito Federal, que também registrou 1,8%. O índice recuou em todas as regiões, em especial no Norte e no Nordeste.

Morador em situação de rua em Florianópolis

SC tem o menor índice do país. – Foto: Arquivo/Leo Munhoz/ND

A região Nordeste, em 2022, apresentava 27% da população total do Brasil, mas concentrava 43,5% da população na pobreza e 54,6% na extrema pobreza. Já o Norte, que reunia 8,7% da população total, detinha 12,8% em situação de pobreza e 11,9% em extrema pobreza.

Mais da metade (51%) da população do Nordeste estava em situação de pobreza. O Sudeste, com 42,1% da população do país, concentrava 30,7% das pessoas na pobreza e 23,8% das pessoas na extrema pobreza.

Segundo o levantamento apresentado pelo IBGE, a pobreza é maior nos domicílios onde vivem crianças. Entre as pessoas com até 14 anos de idade, 49,1% eram pobres e 10,0% eram extremamente pobres, um percentual muito superior ao da população com 60 anos ou mais: 14,8% de pobres e 2,3% extremamente pobres.

A participação dos programas sociais no rendimento domiciliar das pessoas em situação de extrema pobreza chegou a 67,0% em 2022. Já a renda do trabalho foi responsável por apenas 27,4% do rendimento deste grupo. Os impactos da ausência hipotética dos programas sociais teriam elevado em 12% a proporção de pobres do país em 2022, que passaria de 31,6% para 35,4%. Já a extrema pobreza teria sido 80% maior em 2022, passando de 5,9% para 10,6% da população do país.

Como funciona a pesquisa dos indicadores e que aponta a extrema pobreza no país

A pesquisa sistematiza e apresenta um conjunto de informações relacionadas à realidade social do país, a partir de temas estruturais de grande relevância para a construção de um quadro abrangente sobre as condições de vida da população brasileira.

Os indicadores tratam sobre estrutura econômica e mercado de trabalho; padrão de vida e distribuição de rendimentos; condições de moradia e educação. Os recortes por grupos populacionais destacam desigualdades de rendimentos, gênero, cor ou raça, grupos de idade, situação de domicílio e arranjo domiciliar, mostrando a evolução dos indicadores em séries históricas. Há detalhamentos por grandes regiões, unidades da federação e, em alguns indicadores, municípios das capitais.

 

Adicionar aos favoritos o Link permanente.