O que o rebaixamento do Santos deixa como lição para os times aqui de Santa Catarina?

O rebaixamento do Santos deixa lições valiosas para os nossos dirigentes- Foto: Russel Dias

O QUE O REBAIXAMENTO ENSINA PARA OS NOSSO TIMES? O Santos está rebaixado para a série B do Campeonato Brasileiro. Pela primeira vez o time que revelou o Rei Pelé, Robinho, Neymar e tantos outros craques, vai disputar a “segundona” do futebol nacional. Uma tragédia pelo tamanho e tradição da equipe da Vila Belmiro. Em 2024, o peixe vem dar um giro aqui em Santa Catarina para enfrentar o Avaí, a Chapecoense e o Brusque.

Mas o que exatamente o rebaixamento do Santos pode ensinar para os times aqui do nosso Estado? Que lições pode ser deixada para a dupla Avaí e Figueirense? São muitas. A primeira é de que o rebaixamento de um clube não ocorre apenas em uma temporada. Ele é o resultado de uma “desconstrução” administrativa, financeira e técnica feita ano a ano. É a dilapidação do patrimônio do clube; é a falta de competitividade aceita como normal e a falta de transparência da gestão.

O time começa a ser acostumar a perder e vai aceitando ficar na parte de baixo da tabela namorando a queda. Como quem procura, acha, uma hora o rebaixamento vem: é inevitável. E o Santos trilhou esse caminho com extrema competência. Temporada a temporada, ano a ano. Que a queda do time da baixada santista sirva como exemplo de que caminhos não tomar por aqui em nosso futebol.

Festejar a manutenção em uma divisão como algo heróico, usando desculpas diversas, além de nivelar por baixo as pretensões da equipe, inevitavelmente leva ao fracasso. Exemplos? Antes do Figueirense cair para a série C, ele namorou o rebaixamento em temporadas anteriores. Neste ano quase caiu para a série D. O Avaí caiu no ano passado na série A e neste ano flertou com o rebaixamento para a “segundona” durante boa parte do campeonato, em uma competição onde a régua de participação sempre foi a briga pelo acesso à elite do futebol brasileiro.

O rebaixamento do Santos na última rodada do Campeonato Brasileiro em seu estádio, foi uma aula grátis de como as quedas acontecem. Foi uma lição na prática – e não na teoria – de como as coisas ocorrem no futebol. Foi a mostra de que no futebol, em geral, tudo é consequência. Ou seja, a bola não deixa de entrar por acaso. E a pelota costuma punir gestões incompetentes. Que as lições sejam assimiladas pelos nossos dirigentes.

No primeiro Campeonato Brasileiro sem a presença física do Rei Pelé, o Santos cai para a série B do futebol brasileiro. – Foto: Ivan Storti/Santos F.C/ND

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