Apertem os cintos… O piloto sumiu

 Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil/ND

A decadência da qualidade da aviação comercial não condiz com aumento exponencial da indústria. Já se foi o tempo em se botava a melhor roupa para viajar, e se comia com talheres de verdade, O glamour definitivamente acabou. Recentemente a CJJ do Senado aprovou que famílias têm direito a assentos próximos em voos. Olha só, se você comprava passagens em conjunto e sempre acabava separado agora você entende: era de propósito, separavam as pessoas para lhe obrigar a comprar o assento do lado de quem fez a reserva junto, e assim gastar mais com a remarcação do assento. Começaram a cobrar pela primeira fila e pela fila da emergência que são mais espaçosas, o que antes era gratuito no Brasil, bastava pedir. O peso das bagagens despachadas sem taxas foi diminuindo até chegar em uma de 23kg para voos domésticos, e uma de 30kg para em internacionais, agora acabaram de aumentar o preço cobrado pelo excesso de bagagem. Enquanto isso, o preço das passagens decolou. A ANAC não aprova nada contra os interesses das empresas e em prol dos consumidores.

A IATA – International Aerea  Transportation Association – divulgou que durante a pandemia as perdas combinadas do setor foram de pelo menos US$ 200 bilhões. Mas, que em 2023 todas as principais companhias aéreas do mundo obtiveram lucros recordes, como Lufthansa, Singapore Airlines, IAG, Air-France-KLM, Emirates e American Airlines.

A IATA também divulgou em junho que espera que as receitas do setor esse ano ultrapassem a casa dos US$ 800 bilhões, ou, R$ 3,9 trilhões. Os bilhetes aumentaram quase trinta por cento no último ano e a perspectiva é continuarem aumentando nos próximos quinze, em face da adoção de combustíveis mais sustentáveis. Como visto, os preços das passagens vão alçar voo rumo aos céus e qualquer redução está fora do radar, enquanto isso, apertem os cintos que o piloto sumiu!

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