Defesa de taxista atacado brutalmente em SC pede prisão dos agressores e um novo inquérito

A defesa do taxista Augusto Biaobok, de 67 anos, que foi brutalmente atacado em São Bento do Sul, no Planalto Norte de Santa Catarina, pediu nesta sexta-feira (1º) a prisão dos agressores e a instauração de um novo inquérito policial para apurar o caso e enquadrar os suspeitos no crime de lesão corporal grave.

Taxista falou à reportagem da NDTV

Taxista e advogado concederam entrevista à reportagem da NDTV Record – Foto: Ricardo Alves/NDTV

O pedido, assinado pelo advogado Maurício Martins Willemann pede que o enquadramento dos suspeitos no crime de lesão corporal leve seja revisto, já que, no entendimento da defesa, os agressores assumiram o risco de matar o taxista.

A reportagem da NDTV Record Joinville obteve, com exclusividade, a petição da defesa de Biaobok. Segundo o advogado, um médico neurologista examinou Augusto nesta quinta-feira (30) e recomendou o afastamento do taxista das atividades por pelo menos 30 dias.

“Bom reforçar que a vítima exerce a atividade de taxista, de modo que o descumprimento da recomendação médica resultaria não somente em risco à sua própria integridade, mas também aos passageiros, transeuntes e demais motoristas”, afirma o advogado no pedido, encaminhado ao delegado Rubens Passos.

Pedido solicita prisão ou outra medida cautelar contra os agressores – Foto: Reprodução/ND

Relembra agressão ao taxista

Augusto Biaobok havia retornado de uma corrida para o ponto onde trabalha, quando foi abordado por dois homens que o espancaram brutalmente, na manhã do último sábado (25). As cenas foram registradas por uma câmera de segurança.

Os agressores alegavam que o motorista teria tentado atropelar a esposa de um deles, que está grávida de oito meses. Imagens de uma outra câmera e um vídeo feito com celular por um dos suspeitos desmontam a alegação dos dois homens.

Ao ser abordado pelos homens, o taxista se recusou a parar pois ficou com medo de estar sendo vítima de um possível assalto, e o marido da mulher grávida manda que ela fique na frente do carro para tentar pará-lo, porém ele desvia e segue realizando a corrida.

De acordo com os agressores, as mulheres que o taxista transportava teriam saído sem pagar o que consumiram em uma tabacaria, de propriedade de um dos suspeitos, mas a alegação ainda precisará melhor explicada, segundo o delegado Rubens Passos.

Os agressores, segundo o delegado, já foram identificados.

*Com informações de Felipe Bambace, repórter da NDTV Record.

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