Com 56 casos novos por dia, Florianópolis decreta situação de emergência contra a dengue

Por dia, ao menos 56 pessoas são diagnosticadas com dengue em Florianópolis. Os dados estão no decreto de emergência feito pela cidade e publicado no Diário Oficial desta quarta-feira (29).

Dengue em Florianópolis acumula muitos casos

Cidade acumula 56 novos casos de dengue por dia – Foto: Unsplash/Divulgação/ND

Segundo os números,  já foram identificados somente em 2023 mais de 5.296 focos de Aedes aegypti. Além disto, 18.885 casos de foram confirmados da doença. Dentre eles, há ainda outros sete casos confirmados de chikungunya, sendo um deles autóctone (pego dentro da cidade).

Outro dado preocupante da doença, é de que 15 pessoas já morreram vítimas de dengue.

Segundo o texto do decreto, a situação de emergência em saúde pública de Florianópolis foi declarada pela existência de situação de casos em todo o território do município. A situação é considerada uma grande infestação pelo mosquito Aedes Aegypti, além da epidemia de casos de infecção pelo vírus da dengue.

Outras medidas do decreto em Florianópolis

Além dos casos, o mesmo decreto deixou instituída uma comissão para monitorar o cenário e foram estabelecidos os procedimentos para intervenção sanitária na cidade.

A fiscalização em propriedades com potencial foco do mosquito foi autorizada. Por exemplo, nos casos de terrenos baldios com acúmulo de mato, detritos e águas estagnadas, as Secretarias Municipal de Desenvolvimento Urbano ou Municipal do Continente, dependendo da região, devem autuar os infratores com multa administrativa, variável de R$ 500 a três salários mínimos, dependendo da gravidade.

Além das ações de fiscalização, a convocação de voluntários através da SOMAR (Fundação Rede Solidária Somar Floripa) foi autorizada. Os voluntários devem ajudar os agentes de endemias nas ações já realizadas.

O que diz a prefeitura?

Em nota a prefeitura declarou que:

A Prefeitura de Florianópolis, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, esclarece que a declaração de situação de emergência no município em razão da infestação por Aedes Aegypti, nesta quarta-feira (29), trata-se de uma renovação de decretos anteriormente aplicados, a fim de manter a intensificação das ações de combate à dengue em Florianópolis.

A medida é necessária uma vez que possibilita e regulamenta procedimentos de intervenção sanitária, como por exemplo o ingresso em imóveis para a fiscalização de possíveis focos de dengue, entre outros procedimentos. Essa deliberação, aliada a outras ações, como atendimento de denúncias, monitoramento de pontos estratégicos nos bairros, entre outras, são realizadas durante todo o ano em Florianópolis.

Afinal, o que é a dengue?

Segundo o Ministério da Saúde, a dengue é a arbovirose urbana mais prevalente nas Américas, principalmente no Brasil. É uma doença febril que tem se mostrado de grande importância em saúde pública nos últimos anos.

Dengue em Florianópolis, entenda o que é

A dengue é uma arbovirose – Foto: Secretaria de Estado de Saúde/Reprodução/ND

O vírus dengue (DENV) é um arbovírus transmitido pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti e possui quatro sorotipos diferentes (DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4).

O período do ano com maior transmissão da doença ocorre nos meses mais chuvosos de cada região, geralmente de novembro a maio.

O acúmulo de água parada contribui para a proliferação do mosquito e, consequentemente, maior disseminação da doença. É importante evitar água parada, todos os dias, porque os ovos do mosquito podem sobreviver por um ano no ambiente.

Os principais sintomas da dengue são:

  • Febre alta maior que 38°C;
  • Dor no corpo e articulações;
  • Dor atrás dos olhos;
  • Mal estar;
  • Falta de apetite;
  • Dor de cabeça;
  • Manchas vermelhas no corpo.

No entanto, a infecção por dengue pode ser assintomática (sem sintomas), apresentar quadro leve, sinais de alarme e de gravidade. Normalmente, a primeira manifestação da dengue é a febre alta (superior a 38°C), de início abrupto, que geralmente dura de 2 a 7 dias, acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, além de prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos e manchas vermelhas na pele. Também podem ocorrer erupções e coceira na pele.

Os sinais de alarme são assim chamados por indicarem o extravasamento de plasma e/ou hemorragias que podem levar o paciente a um estado de choque grave e, em casos extremos, ao óbito. A forma grave da doença inclui dor abdominal intensa e contínua, náuseas, vômitos persistentes e sangramento de mucosas.

 

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